Novos rumos para um momento de maturação do movimento da inovação.
Desenvolver competências para inovar é o principal desafio organizacional das empresas. No Brasil, o movimento pela inovação ganhou força há cerca de uma década, com a criação de um conjunto de políticas públicas e uma resposta positiva da iniciativa privada. Empresários, pesquisadores e empreendedores foram estimulados a inovar com acesso a recursos e incentivos fiscais, ao mesmo tempo em que o governo criou um ambiente mais favorável à cooperação público-privada.
Em 2008, quando da realização do primeiro Open Innovation Seminar, os fundadores do Wenovate perceberam que o entendimento sobre cooperação estava demasiadamente centrado na parceria universidade-empresa, e que era necessário um debate mais focado na prática empresarial de colaboração para a inovação. O evento, ao propor o debate sobre a aplicabilidade da inovação aberta no Brasil, reuniu cerca de 340 especialistas, executivos, acadêmicos e formuladores de políticas públicas, como o próprio criador do conceito de inovação aberta, Henry Chesbrough.
Após cinco edições, o evento ganhou proporções que refletem o crescimento do movimento pela inovação no país. Em 2012, o evento reuniu mais de 1600 participantes divididos em cerca de 30 atividades paralelas, ao longo de três dias de discussões. Ao todo, 145 painelistas, dentre eles 20 internacionais, deram o tom da diversidade das práticas de inovação aberta no país e da internacionalização das cooperações pela inovação.
O crescente sucesso do Open Innovation Seminar inspirou o Wenovate a expandir sua atuação da disseminação e troca de experiências para a prática e articulação de projetos de inovação. O público do evento passou a exigir da organização mais atividades que estimulem o estabelecimento de parceria em torno de desafios comuns enfrentados.
A cultura da inovação aberta está se enraizando não só dentro das empresas, mas também nas universidades e no governo, e, para desabrochar em projetos e ações concretas, precisa de espaços abertos e neutros que facilitem a conexão. Dentro dessa visão, o Wenovate deu um passo adiante e se estruturou para atuar como um facilitador de ações conduzidas pelo pensamento colaborativo.
Em 2013, o Wenovate estruturou com o apoio da comunidade e de um conselho multidisciplinar, os processos, metodologias e a tecnologia para gestão desta rede. O Open Innovation Seminar passou a integrar a Open Innovation Week, que congrega diversos outros eventos correalizados com os principais parceiros do ecossistema.
Inspirar, capacitar e conectar pessoas e instituições para a prática da inovação aberta passou a ser o mote do Wenovate.
Durante sua saga, o Wenovate trabalhou com mais de 800 instituições no Brasil e no mundo, capacitou mais de 5.000 pessoas e engajou outras 30.000 nos programas criados em colaboração com grandes empresas, universidades ou governo. Foi no âmbito das atividades promovidas pelo Wenovate que surgiram ou se desenvolveram programas como:
1. lançamento do Wayra no Brasil (aceleradora da Telefônica);
2. CISB (Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro, organização que promove uma rede de inovação entre Brasil e Suécia, originalmente financiada pela Saab, Scania e Stora Enso e centros de pesquisa e universidades suecas);
3. redesenho do Desafio Brasil promovido pela FGV (que na sua 8a edição passou a incorporar desafios de inovação de grandes empresas e governo para orientar e se conectar a projetos proposto por startups);
4. a criação do Grand Prix Senai de Inovação (que reuniu junto ao Senai outras seis grandes empresas e diversas entidades para definir e lançar desafios para professores, alunos do Senai junto a pesquisadores e empreendedores de diversas comunidades em um processo de cocriação);
5. evolução do Inovativa Brasil que passou a incorporar conceitos de redes de inovação em seu segundo ciclo;
6. criação da Effectua Capital, gestora de corporate venture capital com o Fundo Cidades Inovadoras.